A festa de Corpus Christi

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No dia 7 de junho deste ano de 2012 a Igreja Católica celebra a Festa de Corpus Christi. Esta festa é sempre celebrada na quinta-feira depois da Solenidade da Santíssima Trindade. Pode-se dizer que esta festa se constitui um desdobramento da Quinta-feira Santa. A Igreja quer comemorar a presença de Cristo como sacrifício eucarístico de seu corpo e de seu sangue. Hoje a festa é oficialmente chamada “Festa do Corpo e Sangue de Cristo”. Esta solenidade de Corpus Christi deve ser vista em conexão com a devoção do Santíssimo Sacramento, que desabrochou poderosamente ao longo do século Xll e na qual se realçava de maneira particular a presença real de Cristo todo no pão consagrado. Os católicos reverenciam e adoram a hóstia consagrada, pois de acordo com sua fé, nela está presente o Corpo de Cristo. Esta presença se explica pela transubstanciação do pão e do vinho no corpo e sangue de Jesus. Não se trata se símbolo, imagem ou lembrança apenas, mas de uma transformação real, embora as aparências permaneçam.


A origem da solenidade de Corpus Christi remonta à história de Juliana de Mont Cornellon, religiosa agostiniana. Cedo na vida começou a ter visões. Aos 38 anos, por ordem de seu diretor espiritual, confidenciou esse segredo as autoridades da Igreja. No ano 1246, o bispo Dom Roberto de Liège, introduziu esta festa pela primeira vez em sua diocese e, em 1264,o Papa Urbano lV, antigo arquidiácono de Liège, prescreveu-a para toda a Igreja. Na Bula de Introdução “Transciturus” o papa fundamenta a instituição da festa em textos bíblicos e faz uma exposição mais ou menos global da doutrina da Eucaristia enquanto sacrifício e refeição (ágape). O mesmo Papa solicitou ao Santo Tomás de Aquino que compusesse os cânticos e orações para a festa. O resultado foi algumas das mais famosas e emocionantes composições da música sacra. A Eucaristia é para católicos a renovação do sacrifício de Cristo na Cruz e a celebração do amor infinito de Deus.


As procissões de penitência, de júbilo ou de súplicas foram sempre muito apreciadas pelos fiéis. Porém, os tempos atuais fez decair esse apreço em muitos, alegando-se a pouca utilidade das celebrações em massa, a perda de espontaneidade na manifestação pública do sentimento religioso e outras razões, como o constrangimento dos não católicos, a perturbação do transito etc.

Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista