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Sentido Bíblico do Dízimo

Muitos de nós ainda questionamos o dízimo, talvez por vivermos numa sociedade capitalista, onde cada centavo vale muito, perdemos a noção do quanto o dízimo é precioso para a igreja, pois nele, a propria comunidade sustenta a igreja. Veja a seguir fundamentos bíblicos do Dízimo.

Dízimo – Gesto de Fé

A primeira coisa que a Bíblia fala sobre as ofertas e o dízimo é que são gestos de fé. Quem tem fé em Deus entende o que significa o dízimo e começa a oferecê-lo à comunidade. Por quê? Porque a Bíblia diz que Deus é o Criador e Senhor de tudo. O homem foi chamado a ser o administrador dos bens criados por Deus. Ele não é o proprietário dos bens. É apenas administrador. Vamos abrir a Bíblia e ver isto em Gênesis, 1,22ss e 2,15. Quem se dá conta de que Deus é o Criador e Senhor de tudo e de que nós somos apenas administradores, começa a entender o significado verdadeiro do dízimo e das ofertas. O homem que tem fé e que se coloca diante de Deus como administrador dos bens faz do dízimo um gesto de fé e de gratidão a Deus. Ele reconhece o direito de Deus de solicitar que parte dos bens que Ele nos dá seja oferecida para o serviço da Comunidade. A pessoa que tem fé em Deus e que lhe é agradecido pela vida e pelos bens que dEle recebe, oferece o seu dízimo e dá ofertas.

Ofertar ou Negar o Dízimo

A Bíblia registra que nem todos reconhecem Deus como Senhor da vida e dos bens. Tem os que querem colocar-se no lugar de Deus, serem senhores e não são capazes de oferecer algo de bom para o serviço de Deus, ou, quando oferecem alguma coisa, ofertam o que não lhes faz falta ou que não presta para nada.

Você se lembra do sacrifício de Caim e Abel? Veja na Bíblia, Gênesis 4,1-5. A oferta de Caim não foi reconhecida por Deus. A de Abel foi acolhida. Uma pessoa sem fé e que não reconhece Deus como Senhor de tudo, não tem coragem de oferecer frutos bons a Deus, como aconteceu com Caim. Por isso, Deus não aceita a sua oferta. Ao contrário, a oferta de Abel é abençoada e acolhida. Mas o pior é que Caim, sem fé em Deus e sem coragem de oferecer um fruto bom, torna-se assassino do irmão e destruidor da fraternidade. A Bíblia lembra muitos homens e mulheres de fé que reconhecem Deus como Senhor, e não se sentem donos das coisas, mas procuram ser administradores e, por isso, entregam o Dízimo para o serviço de Deus na comunidade como gesto de gratidão. Vamos lembrar Noé (Gen 28,20-22), Abraão (Gen 14,18-20), Jacó (28,20-22), Moisés (Ex 25,1-9), entre tantos.

Primeiras Comunidades

Lucas, nos Atos dos Apóstolos, registra que a primeira comunidade cristã, em Jerusalém, tinha quatro características: faziam a instrução da Palavra de Deus, praticavam a partilha dos bens, celebravam a Eucaristia e eram uma comunidade orante (At 2,42-47). A partilha dos bens, mais exigente que a lei do dízimo, faz parte da proposta de Jesus e foi tentada pelas primeiras comunidades.

Com a prática da partilha, os cristãos mantinham os serviços da comunidade e ajudavam os pobres e necessitados.

A Bíblia registra um caso famoso, o do casal Ananias e Safira, que fingiu que estava partilhando seus bens e por isso foi castigado (At 5,1-11).

São Paulo, missionário e fundador de muitas comunidades, aconselha a partilha de bens entre o catequista e o catequizando (Gl 6,6) e defende o direito de o evangelizador receber, da comunidade, o necessário para viver (1Cor 9,4-14). São Paulo também defende e valoriza a partilha de bens e recursos entre comunidades pobres e comunidades que estão em situação melhor. Isto se percebe nas coletas feitas em favor da comunidade de Jerusalém (1Cor 16,1-4; 2Cor 8 e 9).

Não deixe de ler com calma os seguintes textos da Bíblia: Eclo 35,11-13; Dt 14,28-29; Ml 3,8-10; 2Cor 9,6-7.

Dízimo – Questão de Fé!

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