A Ascensão de Cristo celebra a subida de Jesus ao céu 40 dias após sua ressurreição. O período conclui a presença de Cristo no contexto histórico e inaugura a história da Igreja. Neste contexto, dom Edmar afirma que o período marca um fim e um começo. O fim de acordo com ele é por conta da conclusão da missão do Senhor, na qual ele a entrega aos Apóstolos para que levem o anúncio às nações. “E ao mesmo tempo é o início, ou seja, a Igreja que depois da Ascensão é chamada a ir”, afirma o bispo.
Dom Edmar explica que nos Atos dos Apóstolos, a Ascensão é descrita por meio de uma mensagem aos Apóstolos, que continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia. Na ocasião, ele conta que apareceram dois homens vestidos de branco (mensageiros) que lhes disseram: ‘Homens da Galileia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu? Esse Jesus que vos foi levado para o céu virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu’.
Ainda conforme o bispo, o Evangelho retoma essa mesma compreensão acerca da Ascensão, apresentando o encontro final de Jesus ressuscitado com os seus discípulos, em um monte da Galileia. Dom Edmar salienta que a comunidade dos discípulos, reunida à volta de Jesus ressuscitado, reconhece-o como o seu Senhor e recebe dele a missão de continuar no mundo o testemunho do Reino. “Jesus disse que o seu Evangelho, o Evangelho do Reino deve chegar a todas as nações”, aponta dom Edmar.
Esse reconhecimento também pode ser percebido nos textos do Missal Romano, conforme dom Edmar. “Na Ascensão, o Senhor não subiu aos céus para nos afastar da nossa humanidade, mas para nos garantir de que a nossa meta é também chegar à casa do pai, então a nossa humanidade segundo o cânon romano entra no paraíso com a Ascensão de Jesus aos céus”, finaliza.