Um martírio pouco repercutido na mídia, afirma jornalista católico sobre caso Rhuan

26


Imagem referencial / Foto: Flickr – Bartheird (CC BY-NC-ND 2.0)


REDAÇÃO CENTRAL, 11 Jun. 19 / 06:00 pm (ACI).- O assassinato brutal do menino Rhuan Maycon, de 9 anos, por sua mãe e a mulher com quem viviam, em Samambaia (DF), foi classificado como uma verdadeiro “martírio” pelo jornalista católico Paulo Briguet, em artigo publicado no site ‘Folha de Londrina’.


O caso aconteceu na madrugada de 1º de junho, quando foi assassinado a facadas enquanto dormia e esquartejado por sua mãe, Rosana Auri da Silva Cândido, de 27 anos, com ajuda da companheira dela, Kacyla Pryscila Santiago Damasceno Pessoa, de 28 anos.


Ambas teriam ainda tentado queimar o corpo da criança em uma churrasqueira, mas desistiram por causa da fumaça. Então, colocaram em mala e mochilas e jogaram em um bueiro de samambaia. Mas, pessoas que passaram pelo local acionaram a polícia, que prendeu as mulheres.


Além disso, há cerca de um ano, as mulheres tinham cortado o órgão genital do menino. À polícia, afirmam que o menino queria ser uma garota e, por isso, o teriam mutilado.


O corpo do menino foi transladado para Rio Branco (AC), onde vive seu pai e familiares, os quais não tinham informações sobre o paradeiro da criança e a procuravam há anos.


Diante deste caso, o jornalista Paulo Briguet ressaltou que “qualquer outro assunto se torna menor e irrelevante diante do martírio dessa criança”.


Em artigo intitulado ‘O martírio do menino Rhuan’, observou que “os detalhes do caso pareceriam inverossímeis mesmo em um filme de terror: o desaparecimento do menino; a decisão de transformá-lo em menina; o pênis da criança cortado pelas mulheres (uma delas, a própria mãe do menino!); o ano inteiro em que ele viveu com a ferida; a morte e o esquartejamento; a imagem do casal assassino; a dor do avô”.


Por outro lado, o jornalista chamou a atenção para o fato de que tal acontecimento não ganhou grande destaque na mídia. Recordou que “muito se falou no casal Nardoni, muito se falou em Suzane von Richthoffen”, dois casos de assassinatos que mobilizaram o país, porém “estranhamente pouco se fala em Rosana e Kacyla, as assassinas de Rhuan”.


“Onde está a revolta dos formadores de opinião? Onde estão as entidades em defesa dos direitos humanos? Onde estão os nossos ativistas judiciais? Onde estão as análises de especialistas, os discursos indignados, as camisetas com o slogan RHUAN VIVE? Até o caso de Neymar merece mais atenção das nossas classes falantes. Que vergonha!”, completou.


Briguet, então, fez referência ao livro ‘Silêncio’, do escritor japonês Shusaku Endo, no qual diz ter lhe chamado a atenção trecho em que “um padre está preso na masmorra e escuta o que parece ser o ronco de um carcereiro. Na verdade, não era um ronco: eram os gemidos dos cristãos supliciados”.


“Você consegue ouvir este som em meio à balbúrdia de nosso país?”, questionou, então, para responder logo em seguida: “É a voz do menino Rhuan, que clama por nossa compaixão. Uma voz que os porta-vozes da ideologia de gênero não querem deixar ninguém ouvir”.


Por fim, declarou que está em votação no Supremo Tribunal Federal (STF) “a criminalização das críticas à ideologia de gênero”, por meio do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 26 e do Mandado de Injunção (MI) 4.733, que pedem a criminalização da homofobia.


Nesse sentido, disse que “para os totalitários — sejam eles globalistas ou socialistas — é sempre assim: denunciar o crime torna-se crime”. “Prepare-se, portanto, para o dia em que relembrar o martírio de Rhuan será um crime contra a ‘igualdade de gênero’. Estaremos condenados ao silêncio”, concluiu.