Dízimo: sinal de gratidão a Deus

14453

Dízimo é a devolução que fazemos ao nosso Senhor de tudo que ele nos dá, com carinho e muito amor. Devolver o dízimo a Deus é o dever do bom cristão, um gesto bem generoso, prova de nossa gratidão.

É dever de todos agradecer a Deus. E nossa gratidão deve ser concreta, não apenas por palavras. Agradecemos concretamente a Deus quando nos abrimos à conversão, buscando viver integralmente o evangelho, e quando nos comprometemos com as coisas de Deus, ajudando a expansão do evangelho e da Igreja. É justo que sejamos gratos a Deus, e o dízimo é um sinal dessa gratidão. O primeiro sentimento necessário para oferecer o dízimo é, portanto, a nossa gratidão a Deus.

O dízimo nos educa para a gratidão e para a generosidade. Ele nos leva a abrir os horizontes da nossa mente, a abrir o nosso coração e as nossas mãos. Ser dizimista é converter-se – e a conversão implica em deixar de lado o nosso egoísmo, o nosso “eu”, renunciando a si mesmo. Somente pela conversão é que conseguimos enxergar as necessidades de nossa igreja, de nossos irmãos carentes dos bens materiais e espirituais. E somente pela conversão atingiremos as três dimensões do dízimo, religiosa, social e missionária.

O amor aos irmãos é um gesto nobre que nasce da vontade do coração de cada homem, porque Deus, nossa força, habita no coração de cada um de nós, basta a nós encontrá-Lo. A compaixão é um sentimento de nobreza humana e ao mesmo tempo divina. A compaixão é uma força que nos capacita não somente a sofrer a mesma paixão que o irmão, mas a lutar concretamente pelo bem do próximo com a totalidade de nosso ser.

Dízimo é um sinal de compromisso, de fidelidade com Deus, com a Igreja e com os pobres. Jesus, na sua bondade infinita, instituiu a sua Igreja para ela evangelizar, catequizar, servir e santificar. E para que ela possa desempenhar a sua vocação evangelizadora no mundo, necessita de recursos materiais – e esses recursos devem provir de nós, seus filhos, que somos e formamos a igreja viva de Cristo aqui na terra. Com o dízimo, você ajuda a transformar a Igreja para que ela seja cada vez mais unida e fraterna, a fim de que possa cumprir a sua missão evangelizadora.

Ser dizimista é ser evangelizador. É essa alegria que deve motivar-nos a contribuir para que o milagre aconteça, fazendo o que Jesus nos pede: “enchei as talhas de água” (Jo 2,7). Nas bodas de Caná, Jesus pediu para encherem as talhas com água, para transformá-la em vinho e garantir a continuidade da alegria da festa. Permitiu, com isso, que o homem tivesse também a alegria e a honra de cooperar para o milagre.

Ser dizimista, na sua raiz mais profunda, significa construir comunidade. Ser dizimista é ter posse da maior parte, após a entrega do dízimo: a parte da gratidão. Dízimo não é imposição, não é obrigação; é uma forma fácil de sermos gratos a Deus. Dízimo é partilha, não é esmola. Partilhar não é dar o que sobra. Partilhar é dar o que o outro precisa. Dízimo é amor. É por isso que quanto mais partilhamos, mais temos.

O dízimo nos leva a um desafio, uma promessa e bênçãos: “Faça a experiência, diz o Senhor dos exércitos” (Mal 3,10-12). “Conhecereis a verdade, pois a verdade vos libertará” (João 8,32).

Sou dizimista porque é meu dever contribuir na comunidade. “Não aparecerão diante do Senhor com as mãos vazias” (Dt 16,16).

Mais do que uma colaboração, o Dízimo é um gesto de amor, gratidão, fé, partilha, e, sobretudo, agradecimento a Deus.

Sabemos que é com esta partilha que a nossa Igreja se mantém viva, já que o Dízimo é um gesto que deve partir de nós para devolver a Deus, com fidelidade, uma parte de tudo aquilo que Ele próprio nos dá. Só assim, a comunidade poderá realizar a missão a partir das três dimensões do Dízimo: Religiosa, Social e Missionária.

Senhor, fazei de mim um dizimista consciente, alegre e generoso.

Referência:http://m.pastoraldodizimopgua.webnode.com.br/mensagens-dizimo-/