Dom José Antônio enfatiza a missão de Maria para alcançar a glória do Pai 

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O arcebispo metropolitano de Fortaleza, Dom José Antônio, presidiu a missa na Matriz da Paróquia Nossa Senhora da Glória, no bairro Cidade dos Funcionários, em Fortaleza, Ceará. Foi no último domingo, 14, um dia antes da celebração litúrgica em honra à também padroeira da capital cearense, Nossa Senhora da Assunção.

Com origem na expressão grega doxa, a palavra cristã glória faz parte da linguagem bíblica, observou Dom José Antônio. “Glória representa a manifestação de Deus na pessoa, a qual o Pai age e habita”, continuou o arcebispo. Maria, a Nossa Senhora da Glória, alcançou a glória eterna porque foi levada de corpo e alma para o céu; daí o título Nossa Senhora da Assunção. Os dois são celebrados no dia 15 de agosto.

A Virgem Santíssima é a Mãe da esperança mas, “quando olhamos para a imagem de Nossa Senhora da Glória, talvez esqueçamos tudo o que ela viveu antes”. Com uma espada transpassando o coração, tem a marca do dom, da paixão, da doação da vida, lembrou Dom José Antônio.

O arcebispo ressaltou que devemos seguir na direção de nossas lutas, contra a desagregação humana, na esperança em Deus de que vale a pena lutar contra o pecado. Destacou ainda a nossa trajetória no exemplo da oração Salve Rainha, “mãe de Misericórdia, vida doçura e esperança nossa, salve; A vós bradamos degredados filhos de Eva….”

“Jesus tomou a carne humana para nela colocar o destino da vida eterna. Ressuscitou o próprio corpo dos mortos e mostrou a vitória sobre a morte. Ofereceu, mesmo àqueles que podem com liberdade não aceitar, a maternidade da própria mãe”, lembrou o arcebispo.

Na oportunidade, Dom José Antônio colocou junto aos fiéis católicos, a oração pelos cristãos perseguidos no nosso tempo. Exemplificou a Nicarágua, onde seres humanos foram mortos por viver a fé. “Não são apenas aqueles da Roma Antiga devorados por leões”, pontuou o arcebispo.

Ao referir-se à primeira leitura, Dom José Antônio trouxe o exemplo do profeta Jeremias, que falava a dura verdade, em lugar de previsões fáceis e mentirosas. Daí a rejeição sofrida. “Naqueles dias, disseram os príncipes ao rei: Pedimos que seja morto este homem; ele anda com habilidade lançando o desânimo entre os combatentes que restaram na cidade e sobre todo o povo, dizendo semelhantes palavras; este homem, portanto, não se propõe o bem-estar do povo, mas sim a desgraça” (Jr 38,4).

Quanto à carta aos Hebreus, na segunda leitura, o arcebispo enfatizou a esperança na vida eterna, apesar da concretização de atos de injustiça contra os que vivem com retidão. “Rodeados como estamos por tamanha multidão de testemunhas, deixemos de lado o que nos pesa e o pecado que nos envolve. Empenhemo-nos com perseverança no combate que nos é proposto, com os olhos fixos em Jesus, que em nós começa e completa a obra da fé”.

Por fim, Dom José Antônio abordou o Evangelho do dia, proclamado por São Lucas, enfatizando que Jesus trouxe o fogo do amor de Deus, derramado pelo Espírito Santo. Ressaltou a paz de Cristo sempre fundamentada na verdade do Pai e longe da aparência inconsciente e irresponsável.

Ao final da Santa Missa, concelebrada pelo Padre Helano Samy e o diácono Gilson, Dom José Antônio pediu à comunidade orações por ele e todas as vocações sacerdotais.