“O filho de Deus convida-nos à vigilância no Pai”, enfatiza Pe. Helano Samy 

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Pe. Helano Samy, pároco de Nossa Senhora da Glória

O terceiro dia da festa da Padroeira Nossa Senhora da Glória teve a Santa Missa celebrada pelo pároco da Matriz, o padre Helano Samy. Durante a homilia, o sacerdote enfatizou duas das promessas do Pai, as quais ainda serão concretizadas: a nova vinda do Senhor e a retribuição de todas as obras. “Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o reino”. (Lc 12, 32)

No evangelho do dia, São Lucas narra a pregação de Jesus aos discípulos: “Vendei vossos bens e dai esmola. Fazei bolsas que não se estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a traça corrói. Porque onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater” (Lc 12, 33-36)

O Evangelho apresenta ainda a volta do Senhor com a parábola da vinda de um ladrão. “Se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. Vós também, ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes” (Lc 12, 39-40). Mesmo sem sabermos quando, devemos permanecer atentos à volta do Pai, preparando-nos diariamente para o segundo encontro com Ele, afirmou o pároco. Faz-se necessária, portanto, a vigilância, com tradução na palavra de origem grega, “parusia” que quer dizer advento, preparação, detalhou o sacerdote, em seguida.

Quanto aos rins cingidos, o pároco explica que são as longas túnicas atadas na altura dos rins, com as quais os filhos ficavam de prontidão, a pedido do Pai, no Antigo Testamento. É a roupa que, no livro do Êxodo, Deus pediu a Moisés, avisando sobre a justiça a ser feita e a participação dos filhos com os rins cingidos, no banquete do Senhor.

Em seguida, o sacerdote destacou a atuação de pastorais, movimentos e serviços, quanto à vigilância. “Ele, o Senhor, nos fala do banquete para aqueles que cuidaram dos outros e trabalharam pela Igreja. A Paróquia da Glória tem a graça de ter mais de 600 pessoas se movimentando diariamente para que a festa da Padroeira aconteça”.

“Por fim, Nosso Senhor pede lâmpadas acesas. Na Palavra de Deus, a noite é a hora da perseguição, da tentação, da provação, quando a luz se apaga e o dia não está brilhando. Nesse momento o que vai iluminar a caminhada são nossas lâmpadas, as boas obras feitas para a Igreja e para o mundo”- explicou o sacerdote para tratar, logo depois, da parábola da festa de casamento.

“Os amigos da noiva preparavam a parte dela na festa; os amigos do noivo, a dele. Elas colocavam lâmpadas para o noivo saber por onde seria a festa. Então, quanto melhores os amigos, melhor a festa. Portanto, nós somos os amigos do noivo, Jesus; devemos preparar a melhor festa de casamento”, afirmou o padre.

Ainda sobre a vigilância em Deus, o sacerdote lembrou os tempos difíceis do começo da Igreja de Cristo, com reflexos na atualidade. A luta pela fé cristã permanece. “Eram mortos 3 mil cristãos por dia, de maneiras bárbaras”.

O sacerdote concluiu a homilia pedindo oração pelas vocações sacerdotais. “Estou me confiando a vocês. Se querem um bom padre, rezem por ele. Se querem a Igreja viva rezem pelos sacerdotes”. Em seguida, conclamou a assembleia a se confiar à Nossa Senhora para que a Mãe Santíssima nos prepare para o encontro com Deus.

Assista à celebração