Pe. Eugênio reflete sobre o período pós-pandemia: “A fé é uma luz que Deus acende no nosso coração”

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Pe. Eugênio Pacceli

A celebração do dia 9 de agosto, que marcou o 5º dia da Festa da Padroeira, foi presidida pelo Pe. Eugênio Pacelli, diretor do Colégio Santo Inácio.

Ao iniciar a sua homilia, Pe. Eugênio refletiu sobre o atual período de pós-pandemia. “Depois de tudo o que passamos, estar hoje aqui, de pé, é uma grande ação de graças e louvor a Deus. Foram noites escuras que nos tiraram os sonhos, as pessoas que amamos, datas, convivência e obscureceram até um pouquinho a nossa fé e a nossa confiança em Deus”, afirmou.

Pe. Eugênio reforçou que Deus sempre tira algo positivo para nós de uma realidade negativa. “E o que nós aprendemos com essa pandemia? Que a vida é breve, e a gente tem que ser leve. Deus nunca coloca peso nos nossos ombros; é próprio de Deus tirar os nossos pesos, porque uma pessoa que leva pesos nunca vai viver intensamente o momento presente e nem vai ter condições de olhar pra frente”, asseverou.

Conforme destacou o sacerdote, a pandemia nos mostrou como nós somos frágeis quando estamos distantes de Deus. “Eu me perguntava nos momentos mais críticos dessas noites escuras: quem não tem fé, se segura em quê? Se nós, que temos fé, nos balançamos tanto…”.

O que seria a fé? Para Pe. Eugênio, a fé é uma luz que Deus acende no nosso coração para iluminar os momentos e as noites escuras que são inerentes à vida humana. “Eu não acredito num Deus que manda pandemia, sofrimento e morte; mas eu acredito que, nesses momentos, Deus sempre tira do negativo algo positivo”, enfatizou.

Por isso, nos momentos de inquietação, Santo Inácio vai dizer: “Nunca tome uma decisão de cabeça quente, inquieto. Toda decisão tomada assim causa sofrimento a si e ao outro. Toda decisão tomada sem pedir a pacificação e a luz do Espírito Santo faz a gente se arrepender depois. Quantos de nós, antes de tomar uma decisão, invocamos o Espírito Santo?”, questionou.

Pe. Eugênio destacou que as leituras do dia nos falam da importância de sermos íntimos da Palavra de Deus. “É preciso ‘ruminar’ a Palavra. Se não formos íntimos da Palavra, não seremos íntimos de Deus. Se a gente está distante da palavra, nós não conhecemos Deus. Santo Inácio diz: Deus não é saber, é sabor. Tu te tornas aquilo que recebes na Eucaristia”, comentou Pe. Eugênio.

O sacerdote recordou ainda que Deus não tem braço, Deus não tem perna, Deus só tem coração; e, para chegar as pessoas, Ele precisa das tuas pernas, dos teus braços e da tua voz. Para Deus agir, Ele precisa que façamos a nossa parte.

“Que o senhor não nos deixe cair na tristeza, na angústia, na depressão, na falta de fé. Que Ele nos dê hoje e sempre a sua leveza o seu ânimo e a sua saúde, porque, ajudados pela misericórdia d’Ele, seremos protegidos de todos os perigos. Peçamos ao Senhor agora a paz para o nosso coração e a paz também para o coração de nossa família”, concluiu.