Cidade do Vaticano
Antes de se dirigir aos jovens, o Papa ouviu a experiência de vida de Mônica, marcada pela condição e morte do pai, e Jonas, que viveu o drama de uma doença. “Não permitam que o mundo os faça crer que é melhor caminhar sozinhos”, disse Francisco, exortando os jovens a caminharem contracorrente diante do individualismo que isola, torna egocêntricos e vaidosos.
“A nossa verdadeira identidade pressupõe a pertença a um povo. Não existem identidades ‘de laboratório’. Cada um de nós conhece a beleza mas também a fadiga e, muitas vezes, a tribulação de pertencer a um povo. Aqui está enraizada a nossa identidade; não somos pessoas sem raízes.”
Jesus e eu, maioria absoluta
Além do povo, a oração também nos oferece esse sentimento de pertença.
“Sem a oração, como faríamos para não pensar que tudo depende de nós, que estamos sozinhos numa luta corpo a corpo com a adversidade? ‘Jesus e eu, maioria absoluta’”, disse Francisco, citando uma frase do Santo Alberto Hurtado.
A experiência de ajudar os outros também é fundamental, lembrou o Papa. “Ver a fragilidade dos outros situa-nos na realidade, impede-nos de viver debruçados sobre as nossas feridas.”
Seguir Jesus é uma aventura apaixonante
Por isso, exortou Francisco, sejam corajosos.
“Seguir Jesus é uma aventura apaixonante que enche de significado a nossa vida, faz-nos sentir parte de uma comunidade que nos encoraja e acompanha, compromete-nos no serviço. Queridos jovens, vale a pena seguir Cristo, não tenhamos medo de participar na revolução a que Ele nos convida: a revolução da ternura.”
A vida é sempre uma caminhar, disse por fim o Pontífice. O perigo maior é confundir o caminho com um labirinto: girar sem sentido pela vida, girar sobre si mesmo, sem tomar a estrada que faz avançar.
“Não sejam jovens de labirinto, de onde é difícil sair, mas jovens a caminho”, foi a recomendação final de Francisco